domingo, 13 de janeiro de 2013

A Loja a coberto

Quando estes trabalhos chegam ao seu fim, o Venerável, auxiliado pelos demais Oficiais da Oficina, procede ao fechamento da Loja, de forma ritualística. Com o encerramento dos trabalhos a Loja Maçônica cumpriu seu ciclo de manifestação, após a evolução dos trabalhos até a chegada do seu limite (assinalados pelo tempo simbólico) desenvolvendo todas as possibilidades nele contidas, ou seja, a luz, cuja irradiação iluminou esses trabalhos, vai retornando progressivamente a se mesma, voltando assim à origem ou princípio de onde brotou. A Palavra, o Verbo, o Logos, isto é o Ser, que se refugiando no “Silêncio” do inefável e Imanifestado, daí o porquê o sentido profundo que tem o “guardar silêncio” sobre tudo que ocorre durante os trabalhos da Loja.

A loja Maçônica, imagem simbólica do Mundo, ritualiza com esse duplo movimento expansivo (centrífugo) da abertura, e contrativo (centriputa) do fechamento, a cadência do ritmo universal, do inspirar e aspirar cósmico, pois esta é a Lei ou Norma à qual está sujeito tudo o que é manifestado, seja através do Ser, do mundo ou do conjunto inteiro da Existência Universal. A todo nascimento lhe segue um processo de expansão e desenvolvimento, alcançados os limites do qual se inicia um período inverso de contração, replagiamento e finalmente extinção. A este respeito, o fechamento da loja Maçônica coincide com a “Meia-noite em ponto”, ou seja, com o “fim do dia”, o qual é um ciclo completo (24 horas) análogo a ciclos maiores, nos quais está incluído.
“A retirada em ordem dos aprendizes e companheiros está ritualmente representada pelo irmão Orador no momento em que fecha o Livro da Lei Sagrada e recolhe o compasso e o esquadro, isto é, as “Três Grandes luzes” da Maçonaria, passando em seguida para o Mestre Cerimônia que guarda o quadro que determina o grau em que a Loja esta trabalhando (que o mesmo Mestre de Cerimônia “expõe quando da abertura dos trabalhos), chamado assim porque nele se corporificam os símbolos mais importantes e significativos do grau em que a loja Maçônica esteja trabalhando: seja no de aprendiz, no de companheiro ou no de mestre. Em seguida o Mestre de Cerimônia apaga as “Três luzes” que iluminam os pilares da Sabedoria, da Força e da Beleza, que representam o Venerável da loja Maçônica e os dois Vigilantes (estreitamente relacionados com a simbolismo desses pilares).
Na abertura e no encerramento dos trabalhos da Loja, o venerável e os Vigilantes dão cada um três pancadas no grau de aprendiz, que somadas é igual ao número nove e esse procedimento se vincula com a idéia, do ciclo, pois o nove é, como sabemos, um número cíclico por sua direta vinculação com a circunferência, a qual expressa o desenvolvimento completo do contido virtualmente no seu ponto central.
Assim, as nove luzes que iluminaram e geraram o espaço e o tempo no qual se desenvolveram os trabalhos, se concentram, efetivamente, no centro de onde emanaram.
Por conseguinte, tudo o que devia realizar-se e manifestar-se na loja Maçônica, na Oficina de trabalho, já foi cumprido, mas antes de retirar-se os operários recebem seu “salário”, recolhendo o que semearam ou edificado em si mesmos, e que são os frutos de sua ação, da sua intenção, e do que eles contribuíram, e em que medida, trabalharam na realização efetiva dos planos do Grande Arquiteto. Este é o sentido que tem o “salário” maçônico (ou iniciativo), palavra que deriva de “sal”, substância que na Alquimia é considerada como a síntese ou o fruto da ação do enxofre sobre o mercúrio, ou seja, o resultado da união ou conciliação de uma energia celeste, ativa, yang, e de uma energia terrestre, passiva, yin. Trata-se, em suma, de “conciliar os opostos”, ou de “reunir o disperso”, e que da mesma forma que o alquimista o maçom deve operar em sim mesmo, o que constitui a principal razão de seu ofício.
Não é então por acaso que os maçons recebam seu salário nas colunas J e B (situadas à entrada e na saída da loja maçônica), pois elas simbolizam respectivamente o princípio ativo e o princípio passivo ou receptivo. Quando a loja Maçônica trabalha em grau de aprendiz, o salário se recebe na coluna B, e quando trabalha no grau de companheiro na coluna J. Acrescentaremos que ambas as colunas aludem ao necessário “estabelecimento” ou “fundamento” que faz possível a edificação do Templo, construção que na verdade não é outra coisa que o processo mesmo da realização interior1. Os mestres, entretanto, recebem seu salário na “Câmara do Meio”, ou no “centro do círculo”, pois sua função não está ligada diretamente a essa construção (que é a que levam a cabo os aprendizes e companheiros), mas a elaborar seus planos de acordo aos do Arquiteto ou Ser Universal, o que implica um conhecimento direto (não mediatizado) da cosmogonia e suas leis, assim como da ordem ontológica e metafísica.
Por tudo isso, o salário maçônico também alude à virtude da justiça, já que cada um recebe na sua coluna o que merece, que na verdade é o que tem, pois como diz o Evangelho: “Porque a todo o que tem, se lhe dará e lhe sobrará; mas ao que não tem ainda o que tem se lhe tirará” (Mateus 25, 29), e onde também se afirma: “que o que tenha ouvidos para ouvir que ouça”. Só então “os operários estarão contentes e satisfeitos” e terão “direito ao descanso”, pois a justiça da qual nós almejamos não é outra senão o reflexo na ordem humana da lei do equilíbrio e harmonia que rege a ordem cósmica, reflexo por sua vez da Justiça divina. Havendo recebido o que lhes corresponde, os operários poderão despedir-se assim “na liberdade, no fervor e na alegria”, pois terão cumprido suas ações, ou seja, seu trabalho, ao “bem geral da Ordem (da Ordem) e da loja Maçônica em particular”.
Nota: Neste sentido, e para compreender este simbolismo, é preciso levar em conta que as colunas J e B estão situadas ao Ocidente da loja Maçônica, ao Oeste, o ponto cardeal por onde se oculta o sol (a luz do dia), e que se corresponde com o equinócio de Outono no ciclo anual. A tradição judaica realiza no início do Outono a festa do “Grande Perdão” (a mais importante junto da Páscoa, celebrada ao começo do equinócio da Primavera), período durante o qual se implora a justiça de Deus tanto na ordem individual como social, e que prefigura o “Jubileu” do ciclo completo da humanidade, pois é no Outono onde esta tradição (em concordância com todas as tradições) situa o “fim dos tempos” ou o “retorno” à origem primordial. Igualmente, a tradição Cristã realiza nesta estação a festividade de São Miguel (29 de Setembro), o arcanjo que divide a Justiça divina durante o “Julgamento Final”, pois ele “pesa” as almas e situa a cada uma no lugar que lhe corresponde dentro da ordem universal, tal e como pode ver-se na iconografia cristâ, nas fachadas das catedrais góticas.

História mediaval e antiga

Entre os finais do século XI e a metade do XIII, a terrível seita dos ismaelitas, minúscula no universo do Islã, trouxe temor e, por vezes, pânico à região do Oriente Médio.
Tratava-se da Ordem dos Assassinos, assim chamada porque os seus integrantes, antes de praticar os atentados, inalavam um estupefaciente, o Hashishiyun, o haxixe. Seus seguidores caracterizavam-se pela entregada total à missão que lhes era atribuída por seus superiores e por não demonstrarem medo nenhum frente à morte que fatalmente os aguardava após terem praticado suas ações terroristas.

O anúncio da ressurreição

“Nada é verdade, tudo é permitido!” Hassan Sabbah.
No ano de 1166, na praça central da fortaleza de Alamut, no alto dos Montes Elburz, no norte do Irã, o Grão-Mestre dos nizarins (como a Ordem dos Assassinos chamava-se oficialmente), Hassan II, uma seita dissidente do Islã, exultava frente aos companheiros e seguidores que ocupavam todo o espaço à sua frente. Ele os convocara para um importante anúncio.

O profeta dos assassinos


Queria dizer-lhes que, enfim, aproximava-se o dia da Qiyamat al Qiyamat, a Ressurreição da Ressurreição, estando muito perto do momento em que, pondo fim àquela época, iniciada há muito tempo por Adão, o Imam oculto finalmente viria liderá-los na renovação de tudo. Dali em diante, assegurou, não haveria mais liturgia, pois a religião tornara-se puramente espiritual, sem templos ou culto. Que se preparassem, portanto, para os novos tempos, concentrando-se todos eles dentro da fortaleza de Alamut, um lugar inexpugnável para os seus inimigos, de onde só sairiam para realizar suas operações de assassinatos seletivos.
A seita, obediente aos extremos rigores do militarismo, havia sido fundada no ano de 1090 d.C., quando o missionário ismaelita Hassan Sabbah (1034-1124 d.C.), encarnação de Deus na Terra, retornara do Egito para a sua Pérsia nativa (ele nascera em Qom). Envolvido nas lutas pelo poder entre a casa real egípcia e de Bagdá, ele decidira fundar uma ordem secreta para enfrentar os seus adversários. Para tanto, se inspirou nos antigos rituais de iniciação adotados pelos gnósticos, com seu gosto pela ciência esotérica – a batanya – e pelo culto aos sinais secretos, só alcançados depois de muita disciplina e dedicação ao estudo. Em pouco tempo verificou-se que Hassan Sabbah, o xeque (título dos soberanos árabes) das montanhas, criou uma teologia totalitária, onde um só deus (Alá) se fazia representar por um só Imam (um líder espiritual), e por um só representante (o próprio Hassan), com autoridade de vida e morte sobre os seus seguidores. Tendo uma visão trágica do mundo, considerando-o perdidamente maculado pela heresia e pelo desacerto dos governantes, ele declarou guerra à religião oficial, o Islamismo sunita, e também às dinastias que reinavam na região, fossem as de raiz árabe ou turca seldjúcida. Líder de uma seita absolutamente minoritária, Hassan Sabbah percebeu que somente poderia impor-se naquelas circunstâncias por meio do terror. Em colocar seus inimigos em permanente pavor de virem a serem assassinados. Ao apoiar um dos governantes chamado Nizan, sua ordem denominou-se dos nizarins.

A estrutura da ordem

Consta que Hassan Sabbah além de um rigoroso exame de admissão dos iniciados, recolhia crianças abandonadas ou as comprava de casais miseráveis para fazer delas o seu exército de fiéis. Carentes de tudo, os jovens aspirantes nizarins viam-no com um deus-pai, dedicando-se integralmente à sua vontade, jamais ousando criticar uma ordem recebida sequer. Tratou também de cultivar uma soberba biblioteca, considerada uma das mais completas daquele tempo, não vendo nenhuma contradição entre harmonizar a alta cultura islâmica com a prática de assombrosos atentados terroristas. Ele gabava-se de ter à sua disposição 70 mil homens e mulheres espalhados por boa parte do Oriente Médio, capazes de executar qualquer missão por ele ordenada, mesmo que isso lhes custasse a vida. Sim porque seus alvos não eram gente comum, mas vizires, sultões, xeques, mulás, ulemás, cavaleiros cruzados, fosse quem fosse importante que, aos olhos do Grão-Mestre dos assassinos, criava impedimentos à sua política.

A mística

Hassan Sabbah apresentava-se com o Hojjat do Imam, aquele que falava e agia em lugar do Imam oculto, que assim se encontrava apenas aguardando o momento apropriado para aparecer. Era inerente à doutrina ismaelita, a crença messiânica segundo a qual, fatalmente, dar-se-ia a Grande Revelação. O salvador, que pairava sobre a sociedade sem mostrar-se, num determinado dia deixaria o mundo das sombras. Os seus seguidores, enquanto esse momento sagrado da Parusia não se dava, usariam os punhais para purificar o ambiente, afastando da paisagem as ervas daninhas e os frutos estragados que poderiam vir a ferir ou envenenar o ar do Imam revelado. Nada mais perfeito para ele do que a sua morada naquela fortaleza isolada do mundo, o Alamut, o ninho de águia, que logo seus inimigos deram a indicar como “o ninho da serpente”, dado o bote traiçoeiro das operações que ele ordenava (*).
(*) A fortaleza de Alamut ficava nos Montes Elburz, pertencente a uma cadeia de montanhas situadas ao Norte do Irã, na margem sul do Mar Cáspio. Área com escasso povoamento por causa da aridez geral.

O método dos assassinos

Apesar de andarem uniformizados na fortaleza de Alamut – trajes brancos com um cordão vermelho enlaçando-lhes a cintura (cores que os cavaleiros templários irão adotar) -, os fadavis, os devotos, quando recebiam uma missão, camuflavam-se. Preferiam misturar-se aos mendigos das cidades da Síria, da Mesopotâmia, do Egito e da Palestina para não despertarem a atenção. Em meio à multidão urbana, eles eram “adormecidos”, levando uma vida comum sem atrair suspeitas, até que um emissário lhes trazia a ordem para “despertar” e atacar. Geralmente eles aproximavam-se da sua vítima em número de três. Se por acaso dois punhais fracassem, haveria ainda um terceiro a completar o serviço. Atuavam esses “anjos da destruição” do Velho da Montanha, como muitos chamavam Hassn Sabbah, em qualquer lugar – nos mercados, nas ruas estreitas, dentro dos palácios e até mesmo no silêncio das mesquitas, lugar por eles escolhido em razão das vítimas estarem ali entregues à oração e com a guarda relaxada. Até o grande sultão Saladino, inimigo de morte deles, eles chegaram a assustar, deixando um punhal com um bilhete ameaçador em cima da sua alcova.

O uso da droga

Capturados, eles nada diziam. Viviam, como se dizia, num estado alheio as coisa do mundo, numa esfera especial amparada pela Lei Divina, mostrando absoluta indiferença pelo seu destino da terra. Seguiam para o cadafalso sem pestanejar, deixando aos executores a terrível sensação de impotência perante aquele fanatismo.
Esse comportamento autista é que contribuía para que acreditassem que eles inalavam haxixe antes de aplicarem as sentenças de morte, advindo daí, por corruptela, a palavra assassino. Alguns historiadores ponderam que a utilização de um estupefaciente tão poderoso como o haxixe não poderia excitar a violência nem a agressividade necessária para praticar um crime a sangue frio.
A droga teria ainda uma outra função. Acreditam, isso sim, que ela fosse usada por Hassan Sabbah nos rituais de iniciação da ordem como uma introdução à ideia do Paraíso, para que os aspirantes tivessem, experimentando a erva que lhes era oferecida num jardim das delícias, uma primeira prova das volúpias imateriais que guarda-los-iam no futuro, quando da sua morte em função da causa. Foi esse o sentido que o poeta Baudelaire captou com o seu Poème du Haschisch (Paraísos artificiais, 1858-60).

Aproximação com os cruzados

Hassan Sabbah e seus sucessores trataram de ocupar a maior parte dos fortes e fortins, numa linha que se estendia do Irã até a Palestina, passando pela Síria, para fazer com que a influência da ordem fosse sentida em todas as paragens e para que os punhais dos devotos provocassem medo em toda a parte. Odiados por turcos e árabes, por sunitas e xiitas, dos quais eram um ramo dissidente, foi inevitável que a Ordem dos Assassinos, num primeiro momento, se aproximasse dos cavaleiros cruzados, tão estranhos na região da terra Santa como eles mesmos se sentiam.
Não só isso. Seguramente foi aquela simbiose entre fé fanática e disciplina militar extremada que fascinou os primeiros nove cavaleiros cristãos, liderados por Hugo de Payens, decidiram-se por fundar a Ordem dos Cavaleiros do Templo, no ano de 1118. A dedicação integral e absoluta dos devotos, a abjuração de tudo, inclusive da vida, a cega obediência e o espírito de ordem monástico-guerreira que os tornavam membros de uma cavalaria espiritual, logo estreitou ainda mais o ideário dos cavaleiros cristãos com dos assassinos.

Assassinos e zelotes

Guardadas as devidas distâncias e motivações, há muita similitude no modus operandi dos assassinos a mando do Velho da Montanha, com as ações e atentados realizados pelos zelotes, militantes da causa judaica anti-romana. Aparecidos no século I a.C. eles reagiram à presença das águias imperiais na Palestina e na Judeia, praticando atentados seletivos, matando não só representantes da autoridade romana, mas fundamentalmente judeus que se mostravam dispostos a colaborar com eles.
Os zelotes tiveram um notável papel no levante antirromano e, seguramente, formavam a maioria dos fanáticos que se refugiaram na fortaleza de Massada, para lá resistirem até o fim, uns mil deles, sem se renderem às legiões do general Silva, que a ocupou no ano de 73 a. C. Por eles portarem ostensivamente suas adagas e facas em público, ameaçando meio mundo, os gregos os chamavam de Sicarii (do grego Sikarion = homem do punhal).
O historiador Arnold Toynbee determinou o comportamento dos povos invadidos daquela região em dois tipos. Chamou de herodianos (do rei Herodes, um monarca judeu colaboracionista), aqueles que não só aceitam o domínio estrangeiro como abertamente colaboram com o ocupante, enquanto que os zelotes eram justamente o contrário. Seriam os que rejeitavam qualquer aproximação ou acordo com os estrangeiros invasores. Os assassinos ismaelitas não se enquadram nessa classificação porque não estavam a serviço de uma causa nacionalista, mas sim de uma ordem religiosa sectária, que repudiara tanto a dinastia Fatímida do Egito quanto a Abássida de Bagdá.

Cavaleiros e poetas

Os templários não só adotaram uma série de preceitos e regulamentos tomados emprestados da Ordem dos Assassinos, como também fizeram suas as cores deles: o branco e o vermelho. Tão próximas foram estas relações que até Luís IX, rei da França, certa vez enviou uma missão diplomática a visitar o castelo de Jebel Nosairi, ocupado por um chefe local da Ordem dos Assassinos.
Frederico II, o Barbarossa, o imperador alemão que participou das cruzadas convidou vários ismaelitas para que o acompanhassem de volta à Europa, dando-lhes copa franca na sua corte.
A atração por sociedades secretas seduziu também aos poetas italianos do Dolce stil nuovo, como Guido Cavalcanti e Dante Alighieri, que, inspirando-se num livro da mística xiita intitulado “Jardim dos Fiéis do Amor” criaram a sua própria irmandade secreta, a dos Fedeli d´Amore.
Portanto, o gosto de muitos europeus por congregarem-se ao redor de lojas esotéricas, com rígidos rituais de iniciação e um ar secretíssimo, hábito tomado na época das cruzadas, provavelmente lhes foi instilado pelos feitos da Ordem dos Assassinos.

O fim da ordem

Protegidos por uma fortaleza tida como inexpugnável, que nenhuma força local poderia tomar de assalto, foi preciso esperar a invasão dos mongóis, no século XIII, para que finalmente o ninho da águia fosse destruído pelos poderosos invasores no ano de 1260, pondo fim a ameaça que a seita dos assassinos representava em todo o Oriente Médio. A legenda que deixaram foi difundida no Ocidente pelos cavaleiros cristãos e pelos monges escribas que os acompanharam, impressionados com a história terríveis a que os devotos estavam associados, símbolos vivos do que era possível fazer com um ser humano, tornado simples objeto maligno ao serviço do fanatismo.