domingo, 30 de setembro de 2012

O Segredo Maçônico

Tentam, os profanos, de todas as formas, desvendar os segredos maçônicos. Utilizam sistemas e normas de eliminação, culminando sempre com uma parafernália de conclusões confusas, absurdas. Nossa simbologia, a vista dos curiosos, torna-se incompreensível. De forma esotérica buscam respostas, os leigos, porem não as encontram. Interpelam IIr.’. que na maioria das vezes se utilizam do silencio, norma quase sagrada de nossa Instituição. A partir disso é difundida a Maçonaria com seita satânica, intrusa Ordem que ataca as varias religiões, um Clube congregando homens a se ajudarem mutuamente. Tudo se fala, tudo se interpela e, na maioria das vezes, em tudo se falha quando esbarram na Verdade Final. Tentemos pois, IIr.’., decifrar nos mesmo o que seria o nosso maior Mistério… Seria um mistério nos congregarmos e formar uma família universal? Poderia ser um mistério, nos igualarmos uns aos outros, independente, da casta social ou racial? Ou um mistério a nossa união em torno de um bem comum, não só para maçons, como também para profanos? É um mistério nossa crença num ser Onipresente, Onisciente, Onipotente? É um mistério estendermos as mãos para os necessitados sem que ninguém visualize essa ação? Ou seria um mistério o despojar das vaidades com a busca incessante da Verdade? Quantos mistérios, quantas interrogações… A Maçonaria, na essência, se reproduz por alegorias e símbolos. Na realidade terrena se apresenta fincada em ações e participações coletivas em prol da humanidade. Ela é justa com os justos, perfeita com os perfeitos, todavia não se descarta os ignorantes, os imperfeitos. Faz deles instrumentos para o seu desenvolvimento, estudando-os, auxiliando-os. Nossa confraria é uma Luz! O ponto máximo da Maçonaria é o esclarecimento. Várias tentativas são feitas pela Ordem, desde os tempos mais remotos, com a finalidade de introduzir na Terra e seres humanos, o sentimento de aprendizado, disciplina e pesquisa. Nossa Confraria foi uma semente, tornou-se uma árvore e agora, apresenta seus frutos a todos os seres do Universo. Fruto do saber, com sabor de Verdade. Qual seria então, na realidade, o nosso grande mistério? Estaria ele ligado às monumentais construções do passado? Poderia estar na língua dos filósofos do presente, e do passado? Estaría na força dos magos? Em páginas de livros? Não! O Grande Mistério Maçônico está na simplicidade que se configura a palavra amor. O amor e respeito a tudo e a todos. Não creio na existência de um mistério maior que o amor… Reconhecemos a Ciência, se nela estiver contido um trabalho salutar. Aceitamos o esoterismo desde que, baseado na verdade. Reconhecemos todos os credos que tenham Deus por princípio, meio e fim. Como uma Confraria pode se dirigir a tantos ideais e interesses, senão pela participação ativa junto à sociedade. Como uma Ordem, dita diabólica, procura no Universo o coração divino para o melhor entendimento das misérias humanas? Na realidade seria necessária a existência de algum mistério? Não, pois não existe mistério algum, só o amor… E o que é o amor?

Missa da Phoenix

Faz o que tu queres há de ser o todo da Lei. “ABRAHADABRA Ele toca o sino Onze vezes Agora começo a Orar: Vós, Criança Sacro e imaculado é vosso nome Vosso reino é vindo, Vossa vontade foi feita Aqui está o Pão, Aqui está o SangueTrazei-me através da meia-noite ao Sol Livrai-me do Bem e do Mal!” - Fragmento da Missa da Phoenix de Aleister Crowley Olhai as coisas da vida do ponto de vista do Sol – disse Crowley ao seu discípulo. Essa identificação com o Astro Rei nos fará ser a fonte de Luz, que brilha, aquece e abrasa os corações, tornando o verdadeiro sentido do Amor, num amor puro e desinteressado, o Amor de Ágape. Tal concepção só é conseguida pela depuração interior, no momento que o Iniciado morre para o mundo mundano e assim como a Lenda da Phoenix que após uma existência secular com o acúmulo de sabedoria, inflama-se para ressurgir de suas próprias cinzas. Este é um aspecto elementar na maioria das escolas de pensamento. Aprendi por todos esses anos de estudo do Oculto, que devemos ser sempre originalmente abertos para abraçar o infinito, e a cada passo dado fomentarmos a pesquisa e finalmente partirmos para a prática pura. Essa experiência pessoal é que nos faz deslumbrarmos a possibilidade de crescimento interior. Ora, imaginem dois artistas pintores contemplando uma mesma paisagem, esboçando e pintando um quadro artístico sobre ela, ao final da obra, veremos duas concepções que representam em síntese a mesma coisa, só que com formas diferentes de serem vislumbradas. É isso que nos faz sermos de fato estrelas com órbitas diferentes, pequenos universos ou microcosmos, cada um com sua diretriz, mesmo que alinhados num só objetivo e fundamento, o crescimento interior. Entretanto o sentido de crescimento só poderá ser atingido, quando compreendemos o sentido de liberdade. Quando libertamos nossos sentidos da teia ilusória do plano físico. Este é um trajeto para a Verdadeira busca de nossa Vontade Interior. A Verdadeira Magia da vida está em aprendermos com todos os Ordálias de crescimento e de conhecimento que a vida nos impõe. Certa vez numa palestra disse que aspectos da vida diária se mesclam sempre com os caminhos Iniciáticos, pois a própria aventura da vida é o maior aprendizado do ser humano. Neste aspecto é importante ser dito que aqueles que seguem seus próprios instintos e inspirações, seguem a sua vontade num trajeto original de compromisso consigo mesmo. O incentivo a idiossincrasia gera um sentido amplo mais apropriado para o crescimento pois não limita a ação particular do pensamento. A somatória das experiências que todos passam de suas próprias percepções de suas linhas de ação e pensamento trazem o crescimento para todos. Na A.’.A.’. (Astrum Argentum) escola de pensamento criada por Crowley, a introspecção direta do Aspirante em seu sistema filosófico, gerará as introspecções mágickas que engendrarão entendimentos plenos e profundos de muitos aspectos do cotidiano, por uma simples análise dos planos da existência, através do sentir pleno com suas forças e energias, e principalmente pelo respeito a todas as formas de existência. Com isso, o desvendar desses véus ou neblinas que encobrem a mente, é que geram a originalidade de novos pontos de vista para muitos aspectos da vida, ou seja, é um incentivo pleno a criatividade. Como Templário reivindico o direito do homem criar o seu próprio templo dentro de si; como Thelemita reivindico o direito inalienável do homem seguir a sua Verdadeira Vontade, sua e de nenhum outro; como Universalista reivindico o direito do ser humano de compreender abertamente todos os mistérios que envolvem a sua criação com total consonância com o Universo; como Rosacruz reivindico finalmente a Liberdade plena para a dedicação e a realização da Grande Obra. Tais reivindicações nada representam para os escravos dos sentidos. Agora, nós estamos nos aproximando do centésimo ano do Aeon de Hórus, isso nos faz meditar sobre a grande diversificação e variedade de pensamentos que surgiram nesse período, mas ao mesmo tempo perceber claramente a grande massa de ceticismo, vítimas em sua maioria das influências de uma outra grande massa subversiva do pensamento humano representado por uma infinidade de seitas sem fundamento ou por outras vezes dogmatizadas ao extremo. Surpreendem-nos a incapacidade de tais céticos e escravos incapazes de buscar uma compreensão para os ensinamentos daqueles verdadeiros mestres que muitas vezes entregaram-se de corpo e alma para trazer a liberdade plena aos sentidos humanos. A humanidade pouco mudou apesar da meditação desses mais diversos mestres que passaram por aqui deixando suas marcas e ensinamentos. Se somos críticos de alguns deles, deveríamos antes ter a capacidade de mudar algo em nós mesmos. A humanidade, agora mais uma vez encontrar-se a beira de um novo conflito, é fácil compreender que nada poderá ser mudado se continuarmos a fazer as mesmas coisas que fazemos todos os dias, se não mudarmos nossas atitudes, se não revermos nossos valores, e formas de enxergar o mundo. Quando se defronta com estes aspectos, existe sempre o medo da pessoa no que tal mudança possa representar ou prejudicar em sua vida. Assim só me resta proclamar e incentivar através da escrita, a pesquisa e introspecção inovativa, que com certeza faria muitos adicionar a nossa causa um material mais novo, mais emocionante, num mundo esplêndido e magnífico da pesquisa iniciática. Uma introspecção ou conceito podem eventualmente conduzir à equação de um ou mais pontos da vista, apesar de que quando o resultado dessa tal introspecção é revelado a outrem o resultado quase sempre é uma mescla de surpresa e às vezes confusão. Assim poderia dizer que meu ponto pessoal de vista vem da fidelidade a meus juramentos, minhas aspirações e a minha vontade inflamada para mais e mais buscar a realização plena de meus ideais rumo a Grande Obra. A metodologia para a introspecção deverá ser sempre a Ciência e a experimentação. Amor é a lei. Amor sobre vontade.

Crise ou oportunidade?

O mundo está em crise! Na verdade, apenas mais uma de tantas que já passamos e, com certeza, não será a última. E por que essas crises se repetem? Muito simples… Porque na Natureza nada se cria, nada se perde; tudo se transforma. Esse é o princípio da reciclagem. A ‘Bolha Financeira’, como é conhecida, é o processo de criação de dinheiro que não existe no mercado (algo parecido com o ‘overbooking’ da aviação civil). Ela dura alguns anos, vai expandindo, expandindo, até que a tensão superficial que garante a ‘elasticidade da membrana da bolha’ se rompe e… ‘buuummm’…. o efeito já o conhecemos. Isso é Física! A ‘energia positiva’ dos bons tempos agora se transforma em ‘energia negativa’ da crise. Poderíamos ainda citar a Lei da Ação e da Reação (3a. Lei de Newton). Por que estou usando a Física para falar sobre crise Financeira? Porque aí está a chave para a compreensão desse ciclo financeiro. Entendendo como funciona o ciclo você poderá se preparar e amenizar os efeitos da crise na sua vida financeira pessoal. Na explosão de uma bolha qual a partícula que menos sofre ou menos se desloca? Aquela que está mais próxima do centro da bolha! Ou seja, aquela que pela sua posição espacial tem uma visão mais abrangente daquilo que está à sua volta. Então, o segredo é estar no centro da ‘bolha’? Isso mesmo… Em outras palavras, estar no centro da bolha é ter o domínio sobre a situação, conhecimento. Ter as rédeas nas mãos. E quem tem o domínio sobre a situação? Ahh… esse é o outro ponto chave, mas como alavanca você teria que quebrar inúmeros paradigmas: falsas verdades que foram construídas na sua mente e que você as tem como padrões de conduta de vida. Algumas falsas verdades: •Dinheiro não traz felicidade. •Preciso ter um emprego seguro. •Para ter sucesso na vida, preciso construir uma carreira universitária. •É preciso se concentrar em apenas uma coisa na vida. •Deus ajuda a quem cedo madruga. •blá.. blá… blá… (a lista é enorme). Eu poderia aqui discutir cada uma dessas falsas verdades e o convenceria, mas antes seria preciso que você estivesse preparado para ouvir e essa é, de fato, a questão crucial. Vivemos em um mundo onde as pessoas não querem mais ouvir, acham que já descobriram tudo, são senhoras do seu destino e pronto, acabou… Procuram apenas encontrar um ‘jeitinho’ para melhorar o padrão de vida ou então encontrar a ‘bola da vez’ que as tornarão ricas e ‘felizes’ do dia para noite (até existe, mas não é do dia para a noite e quando descobrem que exige trabalho, desistem). Não irei incluir nessa lista aquelas pessoas que, infelizmente, ultrapassam os limites da ética, da moral e da legalidade. A bolha dessas pessoas é outra e os paradigmas são mais complexos. Retomando então a linha de raciocínio, repentinamente a bolha estoura, e essas pessoas se vêem no turbilhão da crise tentando encontrar os culpados: O governo, a globalização, o presidente, o governador, a esposa, o marido, o pai, a mãe… Até Deus vira o culpado porque não teve a capacidade de segurar o diabo da crise pelo rabo. Muito bem! Onde você se encontra neste momento? No centro da bolha ou no turbilhão da explosão? Você é daquelas pessoas que já sabem tudo ou você acha que ainda precisa aprender? Então, alguém diz: “Oras, você vem falar disso agora que a bolha explodiu!!!” Desculpe-me, essa já passou, mas a bolha que irá estourar nos próximos anos já começou a inflar. Concluindo, a resposta para a pergunta do título deste artigo está dentro de você, naquele conjunto de verdades que você construiu para si. Recicle-se.

A simbologia maçônica e os símbolos nacionais

Dentre as inúmeras definições da Maçonaria, destaca-se a que a considera uma ciência da Moral velada por alegorias e ilustrada por símbolos. Daí o fato de que o Simbolismo foi o sistema adotado por ela para desenvolver e ensinar seus sacrossantos postulados filosóficos, fazendo com que seus iniciados sigam as lições e os sábios preceitos transmitidos desde milênios, cuja tradição teve origem nos tempos mais primitivos. Dia 18 de setembro é comemorado o Dia dos Símbolos Nacionais: o Hino, a Bandeira, as Armas e o Selo. E a criação desses símbolos data de 1822, quando o Ir.’.D. Pedro I assinou o decreto que deu ao Brasil “um escudo de armas”. Cada um deles tem uma história, considerando o altivo significado e a representação cívica que carregam. O Hino Nacional Brasileiro completou, dia 13 de abril último, seus 100 anos de profícua existência, vez que foi em 1909 que ele ganhou sua versão oficial, pois sofreu várias modificações nos períodos do Império e da República. Sua letra foi escrita manualmente pelo Ir.’.Osório Duque Estrada, que através de concurso, teve o privilégio de ver sua composição oficializada pelo então presidente Epitácio Pessoa. A música de autoria do Ir.’.Francisco Manuel da Silva, inicialmente foi chamada de “Marcha Triunfal” em comemoração à Independência do Brasil, sendo cantada pela primeira vez, com a execução do hino, no cais do Largo do Paço (hoje Praça 15 de Novembro, no Rio de Janeiro), a 13 de abril de 1831. A Bandeira Nacional, projetada em 1889 por Raimundo Teixeira Mendes e Miguel Lemos e desenhada por Décio Vilares, tornou-se oficial pelo decreto nº 4, de 19 de novembro daquele ano, de autoria do Ir.’.Rui Barbosa e assinado pelos IIr.’.Deodoro, Quintino Bocaiúva, Campos Sales e outros. Com a Proclamação da República feita pelo idealista e corajoso maçom Deodoro da Fonseca, surgiu a necessidade de escolher oficialmente um novo Hino Nacional. Em 1906, o renomado poeta Coelho Neto sugeriu à Câmara dos Deputados manter a música do Ir.’.Francisco Manoel da Silva e realizar outro concurso apenas para escolher nova letra. O certame ocorreu em 1909, quando o poema do Ir.’.Osório Duque Estrada foi o vencedor. Considerando, portanto, as brilhantes e patrióticas iniciativas desses dois eméritos maçons (D. Pedro e Deodoro), indiscutivelmente, vê-se que esses respeitáveis Símbolos Nacionais são obras da Maçonaria, porquanto outros valorosos Ir.’. tiveram participações diretas na criação e elaboração desses símbolos. Daí a razão de serem eles integrantes do vasto acervo simbólico da nossa querida Ordem.

As Colunas Zodiacais

O ser humano tem buscado ao longo dos tempos, respostas para os mistérios da vida de várias formas, desde a observação dos fenômenos naturais, na tentativa de reprodução desses mesmos fenômenos, do exercício para a compreensão dos fatos formulando hipóteses, teorias e leis. Antigamente, o homem não dispunha de metodologia científica e para não se sentir distante da compreensão dos mistérios do universo e da verdade absoluta, lançou-se a especulação, trabalhando o incompreensível e o imponderável. Por meio do Misticismo, o homem começou a se aproximar das respostas que queria no aspecto intelectual e espiritual. O estudo dos corpos celestes e de suas influencias sobre o planeta Terra e os seres humanos, por meio da Astrologia, é um dos grandes exemplos da união de limites imprecisos, entre ciência e o misticismo. Embora a Maçonaria moderna seja baseada em ideias iluministas, liberais, progressistas e normalmente vinculadas ao uso da razão, na busca da verdade absoluta, ela utiliza em seus rituais, na sua simbologia e na sua estrutura filosófica e doutrinária, padrão místico de diversas seitas, religiões e civilizações antigas. O estudo das colunas zodiacais torna-se fascinante quando tentamos entender a sua simbologia, expressada por meio de figuras e imagens provenientes de vários povos, relacionando de maneira extraordinária o cosmos, o homem e a Maçonaria. Os signos zodiacais são originários da babilônia, mas o egípcios desenvolveram magnífico trabalho de representação zodiacal. Os chineses também representaram as constelações por meio de imagens de animais. O registro mais antigo que se tem de astrologia está no livro de Jô, o mais antigo Canon Hebreu, anterior ao de Moisés, que fala dos 12 signos e prova que os primeiros fundadores da ciência zodiacal pertenciam a um povo primitivo, antediluviano. Os povos sumerianos e babilônicos criaram a astrologia, os egípcios deram base científica e os árabes, no período medieval, salvaram-na do total desaparecimento. Pode-se imaginar que tudo começou em tempos imemoriais, quando o homem, em vigília a zelar pelos rebanhos, observava os corpos celestes no firmamento intrigando-se com os seus regulares movimentos. Percebeu então que lenta e regularmente os astros mudavam de posição em relação ao nascer do Sol, e que depois de determinado tempo voltavam com absoluta regularidade ao mesmo ponto no firmamento. Não pode deixar de observar que o nascimento helíaco de certos grupos de estrelas se repetia em períodos coincidentes com determinados acontecimentos importantes de sua vida, como o nascimento de crias nos rebanhos, a recorrência regular de épocas de chuva, a germinação de culturas sazonais, e outros fatos de sua vida repetitiva de pastor-agricultor. Sentiu então a necessidade de memorizar e registrar esses fatos astronômicos que começavam a se tornar importantes para orientação de suas atividades. Quando um determinado grupo de estrelas precedia o nascer do Sol era hora de plantar, ou era hora de transferir os rebanhos para outras pastagens, ou era hora de tosquia, ou era hora de colher, ou era tempo de cio entre os animais e era preciso acasalá-los, ou vinha o tempo de nascimentos em sua família. Foi uma consequência inevitável, que aos poucos ele tentasse melhor identificar esses tão importantes grupos de estrelas com nomes próprios, que naturalmente se relacionavam com suas atividades. Recorrer ao nascimento helíaco como ponto de referência foi um passo inicial importante, foi a descoberta de um referencial, foi o início da marcação e medição do tempo. Nascimento helíaco de um astro é o seu aparecimento logo acima do horizonte imediatamente antes do nascer do Sol. Assim os grupos de estrelas referenciais de tempo foram recebendo nomes tirados da vida quotidiana daqueles primeiros astrônomos. Esses nomes nada tinham a ver com a formação característica dos conjuntos estelares. Eram simples nomes apenas, nada relacionados com poderes mágicos e premonições. O zodíaco, que em grego significa ciclo dos animais, é uma faixa celeste imaginária, que se estende entre 8 a 9 graus de cada lado da aclíptica e que com essa coincide. Eclíptica é o caminho que o Sol, do ponto de vista da Terra, parece percorrer anualmente no céu. Essa faixa foi dividida em 12 casas de 30 graus cada uma, e o Sol parece caminhar 1 grau por dia. Os planetas conhecidos na antiguidade (Mercúrio a Saturno) também faziam parte do zodíaco, pois suas órbitas se colocavam no mesmo plano da órbita da Terra. O zodíaco então é dividido em doze constelações, que são percorridas pelo Sol, uma vez por ano. A maior evidência de que os nomes das constelações que formam o nosso zodíaco tiveram uma origem conforme descrito anteriormente está na sua relação com a vida pastoril. Podemos classificar os signos do Zodíaco em grupos de três formando quatro categorias distintas: I) Os três reprodutores de seus rebanhos: Touro, Capricórnio (bode), Áries (carneiro). II) Os três inimigos naturais dos rebanhos e dos pastores: Leão, Escorpião, Câncer (caranguejo). III) Os três auxiliares mais importantes dos pastores: Sagitário (defensor, arqueiro), Aquário (aguadeiro ou carregador de água), Libra (pesador e sua balança). IV) Os três mais destacados valores sociais da comunidade pastoril: Virgem, Gêmeos (benção dos Deuses), Peixes (alimentação). No sempre presente afã humano de mistificar tudo o que não conhece ou não consegue explicar, já desde remota antiguidade começaram os homens a cercar de mistério as constelações do zodíaco, atribuindo-lhes poderes místicos e premonitórios e assim, creditando aos astros seus sucessos e infortúnios. Um dos ramos dessa cultura mística, mediante observação de reis e pessoas, procurou determinar uma relação entre o dia do nascimento da pessoa e seu caráter. O processo empírico com que foi desenvolvido o sistema partiu do que se conhecia do homem em sentido moral, ético, beleza, força, determinação, para conectá-lo à posição dos astros. Uma espécie de engenharia reversa, que parte do resultado para lhe determinar fonte ou origem. Assim originaram-se os diversos métodos astrológicos, cujo objetivo era decifrar a influência dos astros no curso dos acontecimentos terrestres e na vida das pessoas, em suas características psicológicas e em seu destino, explicar o mundo e predizer o futuro de povos ou indivíduos. O mais famoso de todos, segundo especialistas, foi o sistema dos astecas. Com isso se influenciou o povo em ver nas previsões dos astrólogos a delineação de rumos para as suas vidas, a semelhança que se dava aos fenômenos naturais influenciáveis pelas linhas de força da gravitação universal. As colunas zodiacais num templo maçônico do rito escocês antigo e aceito são doze. Servem como símbolos de demarcação do caminho do homem maçom em desenvolvimento. Localizam-se todas no ocidente e são sinais do crescimento do aspecto material, moral e ético do iniciado, que durante sua jornada transcende em sua religião com a divindade. São seis em cada lado, normalmente engastadas nas paredes e sempre na mesma ordem. Constituem mais da metade de toda a decoração da Loja. Suas representações gráficas apresentam misturas dos quatro elementos místicos estudados por Aristóteles da Grécia antiga e sete astros. Os rituais maçônicos usam os signos, sinais do zodíaco, em sentido simbólico, não falam em horóscopo, ou em diagrama das posições relativas dos planetas e dos signos zodiacais num momento específico, como o do nascimento de uma pessoa, ou com a intenção de inferir o caráter e os traços de personalidade e prever os acontecimentos da vida de alguém, ou um mapa astral, ou mapa astrológico. O homem livre não carece disso quando estuda e evolui. Na filosofia maçônica, as colunas zodiacais são apenas símbolos para estudo, destituídas da atribuição de aspectos da predição do comportamento do homem. É fácil deduzir que sua existência no rito escocês antigo e aceito tem finalidade educacional, parte de uma metodologia pedagógica específica à semelhança de outros símbolos e ferramentas. As colunas zodiacais representadas no Templo são colunas da ordem jônica tendo, cada uma, sobre seu capitel, o pentaclo correspondente (pentaclo é a representação de cada signo com o planeta e o elemento que o caracteriza). As colunas são postadas longitudinalmente junto às paredes, sendo seis ao Norte e seis ao Sul. A sequência das colunas é de Áries a Peixes, iniciando-se com Áries ao norte próxima à parte Ocidental, e terminando com Peixes ao Sul também próxima à parte Ocidental. Os signos zodiacais relacionados com o Grau de Aprendiz Maçom são: Áries, Touro, Gêmeos, Câncer, Leão e Virgem. O signo zodiacal relacionado com o Grau de Companheiro é Libra; e os inerentes ao Grau de Mestre Maçom são os signos de Escorpião, Sagitário, Capricórnio, Aquário e Peixes. Acompanhe cada um da sua representatividade: Coluna nº 1: Áries, localizada junto à coluna do Norte, corresponde à cabeça e ao cérebro do homem e representa Benjamim e como faculdade intelectual, a vontade ativa gerada pelo cérebro. Corresponde ao planeta Marte e ao elemento fogo, representando no aprendiz o fogo interno, o ardor encontrado no Candidato à procura de Luz. Coluna nº 2: Touro, localizada junto á coluna do Norte, corresponde ao pescoço e à garganta. É Issachar por representar a natureza pronta para fecundação, simboliza que o candidato, depois de ser adequadamente preparado, foi admitido nas provas de iniciação. Corresponde ao planeta Vênus e ao elemento Terra. Coluna nº 3: Gêmeos, localizada junto á coluna do Norte, corresponde aos braços e às mãos, são os irmãos Simeão e Levi, como faculdade intelectual é a união da intuição com a razão. Corresponde ao planeta Mercúrio e ao elemento Ar. Representa a terra já fecundada pelo fogo, á vitalidade criadora, simboliza o recebimento da luz pelo candidato. Coluna nº 4: Câncer: localizada junto à coluna do Norte, representa o nascimento da vegetação, a seiva da vida, simboliza a instrução do iniciado e a absorção por parte dele, dos conhecimentos iniciáticos da Maçonaria. Corresponde aos órgãos vitais respiratórios e digestivos. É Zabulão, como faculdade intelectual representa o equilíbrio entre o material e o intelectual. Corresponde ao planeta Lua, como era conhecido na antiguidade e somente mais tarde, verificou-se tratar de um satélite da terra e ao elemento Água. Coluna nº 5: Leão, localizada junto ao Oriente, corresponde ao coração, centro vital da vida física; é Judá. Como faculdade intelectual, os anelos do coração, pois se pensava ser ele o órgão do intelecto. Corresponde ao planeta Sol e ao elemento fogo, é para o Aprendiz a luz que vem do Oriente, é o calor dos Irmãos dentro da Loja. É o emprego da razão a serviço da crítica, é a seleção de conhecimento. Coluna nº 6: Virgem, localizada junto ao Oriente; corresponde ao complexo solar que assimila e distribui as funções no organismo. É Ascher. Como faculdade intelectual exprime a realização das esperanças. Corresponde ao planeta Mercúrio e ao elemento Terra. Representa, para o Aprendiz, o aperfeiçoamento, quando já pode se dedicar ao desbastamento da Pedra Bruta. Coluna nº 7: Libra, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Vênus e o ar se refere ao grau de Companheiro Maçom. Simboliza o equilíbrio entre as forças construtivas e destrutivas. Coluna nº 8: Escorpião, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Marte e pela água. A partir dessa coluna até a coluna de Peixes, todas se referem ao grau de Mestre Maçom. Essa coluna representa as emoções e sentimentos poderosos, rancor e obstinação e a constante batalha contra as imperfeições. Coluna nº 9: Sagitário, localizada junto à coluna do Sul. Caracterizada por Júpiter e pelo fogo. Representa a mente aberta e o julgamento crítico. Coluna nº 10: Capricórnio, localizada junto à coluna do Sul, caracterizada por Saturno e pelo elemento Terra. Simboliza a determinação e a perseverança. Coluna nº 11: Aquário, localizada na coluna do Sul, caracterizada por Saturno e pelo elemento Ar. Representa o sentimento humanitário e prestativo. Coluna nº 12: Peixes, localizada na coluna do Sul, caracterizada por Júpiter e pela Água. Simboliza o desprendimento das coisas materiais. A relação citada em relação às seis colunas do Aprendiz maçom pode ser simbolizada da seguinte maneira: Áries – Fogo – Marte: O ardor iniciático conduzindo à procura da Iniciação; Touro – Terra – Vênus: O Recipiendário (aquele que é solenemente recebido em uma agremiação), judiciosamente preparado, foi admitido às provas; Gêmeos – Ar – Mercúrio: O Neófito recebe a luz; Câncer – Água – Lua: O Iniciado instrui-se, assimilando os ensinamentos iniciáticos; O Iniciado julga por si próprio e com severidade, as ideias que puderem seduzi-lo; Virgem – Terra – Mercúrio: Tendo feito sua escolha, o Iniciado reúne os materiais de construção para desbastá-los e talhá-los, segundo o seu destino. Para o grau de Companheiro Maçom temos: Libra – Ar – Vênus: O Companheiro em estado de desenvolver seu máximo de atividade utilmente empregada. As demais colunas se referem ao grau de Mestre Maçom. As colunas zodiacais simbolizam o crescimento do iniciado no aspecto material, moral e ético, ou seja, é a demarcação do caminho que ele deve percorrer, a direção a ser seguida na busca da perfeição, por aqueles que procuram a verdade embasada na filosofia Maçônica. Nesse período de evolução, aqueles que continuarem nessa caminhada, descobrirão valores até então desconhecidos, segredos lhe serão revelados. Na jornada do iniciado se revela a existência de outros valores e segredos só desvelados aos que persistem nos estudos do rito e perseverantes em seu aprimoramento moral e intelectual. O homem passa a contemplar outra maravilha, outro universo, uma miniatura daquele cosmos conhecido e representado pelas colunas zodiacais. Esse é o verdadeiro centro do universo da ótica do iniciado. É quando ele desvela o seu mundo interior, a suprema verdade do triunfo humano, a espiritualidade do maçom, ou aquilo que ele considera a representação dela. O conjunto aponta o cosmos, de onde é réplica uma realidade física e transcendental interna, o seu macrocosmo, o seu universo interior, onde ele encontra os vestígios do Grande Arquiteto do Universo e torna-se homem completamente livre e útil ao propóstio Divino e realmente útil à humanidade